sexta-feira, abril 15

A balada de Miché

or. La ballata del Miché
(F. De André; péssima tradução merídia do autor deste blogue)

Quando então abriram a cela
era já tarde porque,
com uma corda ao pescoço
frio pendia Miché.

Todas as vezes que um galo
eu ouvir cantar, pensarei
naquela noite, à prisão,
quando Miché se enforcou.

Esta noite Miché, pendurou-se num prego porque
Não podia ficar vinte anos na cela longe de você.
Eu sei que Miché quis morrer para que
te ficasse a lembrança do bem profundo que tinha por você.
Se também Miché não te escreveu explicando o por quê
e se foi do mundo, saiba qu’ele o fez somente por você.

Vinte anos lhe haviam dado
a corte decidiu assim
porque um dia havia matado
quem queria roubar-lhe Marì.

O haviam por tal condenado
vinte anos na prisão a apodrecer
justo agora que ele enfocou-se
a porta devem-lhe abrir.

No escuro Miché se foi sabendo que pra você
Não podia nunca dizer que havia matado porque amava você.
Amanhã justo às três, lá na fossa comum cairá
sem o padre e a missa porque de suicida não têm piedade.
Amanhã Miché, lá na terra molhada estará
e alguém uma cruz com o nome e a data sobre ele fincará.

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