sábado, abril 9

Veto onipotente

«Si sa che la gente dà buoni consigli,
sentendosi come Gesù nel tempio.»

(«Bocca di rosa», F. De Andrè)

Eu, o ser mais estúpido
de toda a face do orbe.
Pois onde quer qu’eu vá, palúrdio!,
vêm conselhos, planorbes.

«Porém», «senão», «talvez»;
a alheia opinião onipotente!
Somente uma chuva de Xerez
deixa-me ilesa a mente.

A madre-eclésia prega,
a mãe explica,
a pátria obriga
e não há quem sobreviva

a um veto onipresente.

Grita o povo pelas praças;
gemem pelos livros as traças,
todos vêm-te com um veto,
e querem ouvir o accepto.

1 Comentários:

Blogger Jeferson Ferreira disse...

Muito bom, com a ressalva de q vc deve dar maior atenção ao ritmo. Não prenda-se tanto ao tema e seu desenvolvimento. Estes pontos são secundários em poesia. Atenha-se à sugestão.
Qto aoi tema, muito bom o trabalho do Eu X o Mundo. O mais importante vc conseguiu: fugiu do sentimentalóide.

sábado, abril 09, 2005 10:14:00 da tarde  

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