terça-feira, janeiro 3

238. Sucessão presidencial: valsas e contradanças

(João Baptista Figueiredo e Emílio Garrastazu Médici executando um gracioso passo de Danúbio Azul durante o Milagre Brasileiro, nos anos 1970)

Estou um pouco fora das informações, confesso que minha acídia e o meu sopor me têm impedido de acompanhar o telejornal. Inclusive ontem, por acaso vi uns trechos do telejornal da Record: informavam sobre a detenção do atacante Viola; ou seja, assunto absolutamente inócuo, o que leva à conclusão de que o mundo continua nos eixos.
Porém, mesmo estando fora do circuito, algumas notícias atingem-me transcedentalmente, como sucessão presidencial, por exemplo. Bem sei – como todos vocês o sabem – que as eleições são só em outubro e até lá, muita água rola por baixo da ponte. Noves-fora, temos ao menos alguns cenários, e eu, como analista político amador, faço os meus. Certamente teremos o atual Presidente no páreo, o Efelentíffimo (1) disputará sim a glória de ser investido da Presidência da República. Uma grande incógnita é, quem disputará com Lula a faixa auri-verde.
A nossa Social-Democracia tucana parece estar indecisa entre três pré-candidatos: o Governador de Minas Gerais Aécio Neves, o Prefeito de São Paulo José Serra e o Governador do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin. Aécio Neves, para mim, não cheira nem fede, mas eu jamais votaria num homem com esse nome. Ainda se fosse Aerofólio Neves ou Asdrúbal Neves, ainda ia. Para mim, Aécio está fora.
Sobram então o nosso alcade Serra e o interventor Alckmin. São ambos farinha do mesmo saco, vejamos as conjecturas: caso Serra saia candidato à Presidência, ficaremos por dois anos nas mãos dum certo Gilberto Kassab, corrupto emérito. Se sai candidato Alckimin, ficamos durante alguns meses na mão inócua de Cláudio Lembo, o inócuo vice-governador, inócuo como todo vice deve ser. Elas por elas, ainda prefiro que saia Geraldo Alckimin para a Presidência; e que perca, de preferência.
Em quem eu vou votar? Em ninguém.
Esse é um cenário válido se nenhum novo escândalo envolvendo cuecas recheadas de dinheiro, mensalões, deputados ex-gordos falastrões não venham a manifestar-se durante os próximos meses.

(1) não me lembra agora qual cronista cunhou o termo, mas que é realmente genial. Se o Presidente fosse gordo, poderíamos chamá-lo Elefantíssimo.

2 Comentários:

Blogger flogisto_calavera disse...

tive aulas de direito constitucional com claudio lembo. ele parece o sr. burns (dos simpsons), só que mais alto. de resto, as aulas eram nulas.

nulo será também o meu voto, como sempre. mas claro que enquanto a massa estiver contente, com o rabo cheio de pão e circo, de nada adianta anular.

quarta-feira, janeiro 04, 2006 4:46:00 da manhã  
Blogger Sérgio disse...

Pois é, Breno. E aïnda acham que o Diogo Mainardi está sempre errado...

quarta-feira, janeiro 04, 2006 8:33:00 da manhã  

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