sexta-feira, junho 23

322 bis. I així ho dius tu

Republico o poema, pois assim posso incluir a dedicatória (a Mme. Tardelli) e as correções devidas que mas mandou o amigo Miquel, desde Valência, no concernente à versão em catalão, a quem aproveito para agradecer novamente.

E assim o dizes tu


«Muita solidão no mundo», disseste tu,
e da mesma maneira estou de acordo.
Somos dez milhões,
porém, estamos todos sós
nesta espessa névoa de poeira;
chove poeira.

Camões já tinha razão:
«É solitário andar por entre a gente».
É muito solitário,
mesmo com o barulho dos vizinhos
em plena madrugada.
«Muito frio no mundo», disseste tu,
e te digo que é em todos os sentidos.

Faz frio
e urge quebrar o gelo
que se formou nas janelas.
Senão, não veremos nada nunca.

* * *

I així ho dius tu


«Massa solitud al món», vas dir tu,
i hi estic d’acord.
Som deu milions,
però estem tots sols
en aquesta espessa boira de pols;
plou pols.

Camões ja tenia raó:
«És solitari anar entre la gent».
És massa solitari,
fins i tot amb el soroll dels veïns
en plena matinada.
«Massa fred al món», vas dir tu,
i et dic que ho és en tots els sentits.

Fa fred
i cal trencar el glaç
que s’ha format a les finestres.
Si no, no veurem mai res.

2 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

que bonito!!!

gostei mto.

beijos.

sexta-feira, junho 30, 2006 4:33:00 da manhã  
Blogger Sérgio disse...

Obrigado, Camila.

terça-feira, julho 04, 2006 1:46:00 da manhã  

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